|Sem título |
2014 | lápis grafite e nanquim | 420x600mm
Produzo uma cópia de um desenho matriz - ambos feitos a mão. Sou máquina copiadora da minha própria produção.
O desenho matriz é carregado de acasos, de projeções sentimentais e de uma singularidade experimental. Suas formas foram pensadas durante o fazer e o seu final era imprevisível.
A sua cópia, pelo contrário, eleva minha capacidade mimética através de atos conscientes, autoiniciados e representacionais. São claras minhas intenções reprodutivas.
Reproduzir um desenho me faz um dispositivo onde a mão transcreve o devir maquínico do homem, uma vontade de criar e fazer conexões num fluxo repetido mas que introduz, inevitavelmente, diferenciações que torna
a cópia única.
Mas qual é a cópia?